12 years, 52 days, 1 second ....1 million thoughts







Cena motivadora do dia: SIMPLESMENTE.... NÃO HÁ NADA MAIS QUE... COISEEEEEE ( vocês vão perceber)


«3...2...1...É agora!». Demorou um segundo. Foi MUITO mal feito, mas foi. Ainda não sei se consigo escrever tudo o que estou a pensar, porque na minha cabeça as palavras andam à velocidade da luz enquanto eu só escrevo à velocidade de caracol. É provável que o texto de hoje seja grande. Avizinha-se muita confusão.

Que o espectáculo comece...

O objetivo foi sempre o mesmo. Demorei 12 anos e 52 dias para o conseguir ( sim eu sei mesmo a data certa: entrámos para a escola primária dia 15 de Setembro de 2001, o que perfaz até hoje 12 anos e 49 dias mas existiram 3 anos bissextos: 2004, 2008 e 2012, logo 12 anos e 52 dias - stalker things ).
Era certo que ambos esperávamos isto, desde o primeiro " mas eras?" Mas embora esperássemos, nunca propriamente esperávamos naquele momento. Tipo: fomos correr, certo? era suposto ser só uma corrida certo? Mas não foi... Estávamos no misto de " Vai, avança, força! " e de " não me olhes assim.... ". O que interessa é que esta vez já está. Este nível foi superado com sucesso. No entanto atenção... porque quanto maior o nível, mais fácil é haver GAME OVER.

Toda a gente espera que a primeira vez, de qualquer coisa seja sempre perfeita. Só que isso só acontece a pouca gente. E pelos vistos eu sou um homem de sorte, pois a minha primeira vez foi perfeita:




Esta foi a primeira carta que eu recebi Dela. Depois como é óbvio eu respondi-lhe ( não duma forma tão bem cuidada para um puto de 2º ano - admito)


[ Tradução: Eu também gosto muito de ti ( dois bonecos fofos - ele e ela)]

Esta foi a minha primeira tentativa em 12 anos e 52 dias.... e tal como diz o povo «Cada um colhe aquilo que semeia», portanto, acho que devo ter deixado uma boa semente. Pois a minha segunda vez foi assim:



 Okay: as crianças são inocentes, mas isto indica um presságio de alguma coisa, certo? No entanto, como todos sabemos, o mundo não é um mar de rosas, e também tivemos os nossos desacordos...


Aqui ( nunca mais me vou esquecer ) já éramos mais crescidinhos, eu andava numa de stalker e ela numa de 'saltibancos'. Eu, ora a amava ora a odiava com todas as forças, mas houve uma coisa que ela me escreveu, da qual nunca esqueci:

«Pelo que eu percebi destes dias e do teu diário, tu gostas de mim e eu estou a pensar se gosto. A verdade verdadinha, aquela que eu sei a 100% e tenho a certeza absoluta, é que és super especial para mim.
[...]
Não te estou a escrever para me [ rasguei esta parte e não sei o que foi que ela escreveu - é a parte da imagem que não tem papel] sobre o passado ( presente) mas sim para falar de "nós". Como já deves ter percebido, eu não te amo. Por enquanto vou ficar pelo ursinho a bater à porta e a olhar pela fechadura. E não penses já que é melhor desistir de tudo! Devagar se vai ao longe certo? Algum dia, algo poderá acontecer. Senão não haveria esta ligação tão forte que nós temos. E fica sabendo que gostava que acontecesse algo...
E olha, quero continuar assim contigo. Sinto-me segura e bem quando estou contigo...Sinto que a qualquer momento posso deixar o ursinho entrar! 
O " texto opinião" chegou ao fim, Juninho Bodinho =D 
Desculpa,
Assinado: 'Ela'.»

E foi exatamente o que aconteceu, depois de anos e anos a tentar, oito anos e meio foram initerruptos nesta maratona que chamam de paixão, mas parece que agora, depois de 12 anos é que estou a ganhar os louros da corrida.


 Mas nunca me posso esquecer: nada deve ser dado como certo, porque a certeza é a maior fraqueza dos jovens. A certeza é o primeiro passo para a cegueira. Limita-nos os horizontes, escurece o mundo. A certeza impede-nos de ir mais além, impede a descoberta. Presenciei isso em primeira mão, apesar de nunca ter levado nada como certo na vida. Gostava de dizer que as coisas acontecem tal como nós esperamos, tal como queremos, mas infelizmente aqueles que têm poder de fazer isso acontecer não têm a vontade, e os que têm a vontade não têm o poder. Penso que tal é uma incompatibilidade, que neste mundo, o nosso mundo, aqueles que têm o poder para o mudar não o querem. Não é por mim, é por algo superior, é por esperança no futuro melhor, que não se encontra na conformação, mas sim na inquietação.

     «Sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer. Esquecer não pesa, e é um sonho sem sonhos em que estamos despertos…» Recaem essas palavras na minha cabeça.

     A vida não passa de um jogo. A sociedade construiu um conjunto de regras e obstáculos criados por nós mesmos, para nos dar uma ideia de satisfação de realização, mas então e o atingir de objetivos?
 Não passa de uma ilusão… distraindo-nos daquilo que é real, dos verdadeiros desafios a superar.

     Aprendi isso à alguns anos atrás, quando conheci 'Ela'. Ela fez talvez as piores escolhas erradas possíveis, não porque no fundo o desejasse, mas porque certas circunstâncias levaram a que o número de escolhas certas para ela fosse um bocado mais reduzido. No final, contemplando toda a história que me acabara de contar naquele segundo, naquele maldito segundo, ela simplesmente se virou para mim e ficou a olhar...e depois a rodopiar como um passarinho todo contente. Eu bem sabia que aquilo tinha corrido muito mal, mas foi aí, no exato segundo, onde os níveis de serotonina e de oxitocina abundavam no meu corpo e a concentração de adrenalina estava em pico, que pensei:  “ Apesar das circunstâncias, por muitas desculpas que possamos usar, as escolhas não existem até serem criadas por nós, por isso que cada um de nós tem até certo ponto a liberdade de criar as suas próprias possibilidades. Eu fiz escolhas erradas porque simplesmente não me esforcei por criar uma certa e quanto a isso não posso culpar as circunstâncias, mas a mim mesmo, por a partir das circunstâncias não ter criado algo melhor”.
    Ri-me, com aquele riso de comprometido e de envergonhado e simplesmente sabia para onde ir, espero um dia voltar repetir aquele segundo, desajeitado. 
     O tempo é infinito, mas em tudo o que penso, existe um início e um fim. No entanto não se pode dizer que o fim existe por si só, ou seja, o fim, é o fim. Isto porque um fim, implica sempre um início, independentemente de tudo.
     Apesar de o sol só se pôr num dia, ele irá sempre erguer-se na manhã seguinte. O fim e o início acontecem quando se assume as consequências ou circunstâncias, acontecem quando se levanta a cabeça e compromete-se naturalmente a provocar uma diferença, não apenas porque tem de ser, mas porque também é acima de tudo aquilo que nós queremos, e neste caso farei tudo para que esse novo início seja melhor…para mim e para ela.
     Se me perguntarem se tenho exatamente tudo planeado, muito sinceramente vou responder que não, mas tal não é necessário pois para o ser humano, o ato de erguer a cabeça após cair é algo inato, basta apenas a vontade, e a vontade eu tenho, mais do que por mim, por ela.

# Evie.

P.S.: Tu, ó Ela-número-2, tu que também vais ler isto, ficas a saber que a Ela-número-1, a original do texto, e eu, amamos-te incondicionalmente e que a única coisa que te apontamos é o facto de tu criares essa capa de rigidez, o que faz com que as pessoas por vezes não saibam o que dizer. No entanto, o teu apoio e o teu bom coração é notável. Um muito obrigado do fundo do coração.  

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