Deus existe?
Não há nada mais estéril do que
esta discussão sobre a existência de Deus. Ou de algum deus. Mas afinal ‘Deus’
existe ou não? Estamos a falar de Jeová? De Cristo? De Ganesh? De Oxalá? De
Krishna? Será que todos estes deuses existem? Será que alguns deles existem e
outros não? Será que só um é o verdadeiro e os outros são falsos? Será que
nenhum deles existe? Como podemos saber? Poderemos nos basear nos textos
sagrados? Quais textos sagrados são confiáveis?
Ele existe?
No meu ponto de vista, sim. É
óbvio que há diversas contradições quanto à sua existência (ou não), e não é
como diz muita gente, onde nem mesmo uma folha cai sem o Seu consentimento.
Vemos diariamente coisas, que se pararmos para analisar a forma ética e moral
em que Deus age, vimos que é basicamente o mesmo que alguém te dizer, “eu não
quero saber de ti”. E não é só isso, através de muito estudo, nós, seres
humanos, conseguimos evoluir sem precedentes por usar ferramentas derivadas da
ciência, as quais, verdade seja dita, só passaram a ser difundidas depois que à
religião “parou” de atacar a quem se opusesse às doutrinas nela contidas.
E em caso positivo (de Deus não
existir), qual a prova científica da sua não existência?
Não há caso positivo, e muito
menos evidência da sua não existência. Se houvesse, todos sem exceção teriam a
devida crença.
Presenciamos no dia-a-dia uma
infinidade de coisas às quais ocupam lugar no espaço, onde no meu ponto de
vista, para algo ter essência e submergir do imaginário ao real, deve interagir
com a nossa realidade, e para isso, precisa-se de matéria, pois se algo existe
e mesmo que não possa ser visto, deve haver alguma maneira de ser mensurado,
como por exemplo, o ar. Se eu usar os meus pulmões e inspirar este “material”,
poderei coloca-lo nalgum recipiente, como um balão. A partir desta premissa, conclui-se
que se algo existe, é necessário espaço, e que foram desenvolvidos métodos para
mensurar e evidenciar a Sua existência.
Mas partindo do mesmo ponto, onde começei o
raciocínio, surge a pergunta: como é que eu crio matéria a partir do “nada”?
Porque nós evoluímos, supostamente, a partir de uma bactéria minúscula do
tamanho de uma célula que passou a respirar (de uma maneira bem estranha,
verdade seja dita!). No entanto esta bactéria só se formou milhões e milhões de
anos depois de se ter criado, a partir do nada, a Terra, o Sol, a nossa
galáxia, a galáxia vizinha da frente, a detrás, as dos lados, as de cima, as
debaixo…. Isto deixa duas perguntas: Se deus existe, onde está Ele? Somente no
imaginário da mente?
Cada religião tem a sua própria
personificação de Deus. Qual está certa?
Essa pergunta deixa algo inerte à
religião que é outra pergunta. O que eu sei sobre Deus?
Sabemos que qualquer religioso tem
uma visão “própria” da personificação de Deus, para si mesmo. Partindo da premissa,
isso é gerado pelo conhecimento por ela adquirido e representado ora em formas
de arte contemporânea ora em escritas. Podemos ver as evidências disso que para
difundir uma tal religião, a ferramenta usada para esse fim foi a escrita. Não
me aprofundei muito no assunto, mas pelo que entendi, as primeiras evidências
de escrita foram na suméria e datam de cerca de 5.000 anos a.C. E nelas, há
escrituras que explicam como era a religião naquela época, onde diversos deuses
eram venerados para saciar uma necessidade inteiramente humana que é o medo do
desconhecido. E após algum tempo, mudaram-se muitas características, criando-se
o monoteísmo que existe hoje.
Será possível conceber Deus sem a
crença, portanto, fora da esfera dogmática?
Sim. Se usarmos apenas o
imaginário. Visto que para que algo tenha tanto poder e aja de forma tão
confusa, é criada uma pergunta nas nossas mentes: Será que isso é propositado?
Se Ele realmente definiu tudo e sabe de tudo, deve estar neste momento a fazer
algo novo ou apenas a assistir.
Fora de uma esfera dogmática, este
criador pode estar em vários “pedaços” neste momento. Pedaços estes, que fazem
parte de mim e de ti. Para a religião, Deus é amor, paz, omnipotência e
omnipresença. Poderes estes que podem criar, destruir, gerar vida ou até mesmo matar.
O certo é que ninguém pode
responder a nada com certeza. Só resta a cada um a sua crença na existência, ou
não, de um ou de vários deuses. A única coisa que é certa é que, no final da
discussão todos os “pensadores” vão continuar apoiantes das suas convicções.
Discussão não muda a opinião (fé, crença) de ninguém. Por isso que cada um fique
firme na sua fé, ou na falta dela.
#Evie.
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