Porque é que a vida é uma viagem?

“Porque é que a vida é uma viagem?”

A verdade é que eu nunca concordei inteiramente com esta frase. Sempre achei que “viagem” era uma forma muito superficial, e ao mesmo tempo, muito abrangente de retratar a vida.
Segundo o mais comum dos dicionários, viagem é «o ato de ir de um lugar para outro mais ou menos distante». Sim, de certa forma isto designa a vida em vários sentidos. Todos nós, percorremos diferentes lugares físicos, todos nós sofremos com os pequenos erros de percurso que vão aparecendo pelo caminho.
Mas a vida não é uma simples viagem. A vida é muito mais que isso. A vida consegue a proeza de ser uma viagem feliz e turbulenta. Seguindo o propósito de uma viagem, a vida é um conjunto de caminhos percorridos de uma maneira feliz e alegre e/ou triste e amarga.
Se olhassemos desse ponto de vista, em qualquer viagem existem múltiplos percursos possíveis, umas estradas melhores, outras piores, estradas nacionais e auto-estradas. Mas na vida nenhum percurso tem placas com indicações e assim, nunca podemos ter a certeza de que estamos na estrada certa. É por isso que nos sentimos tantas vezes a andar em círculos ou a chegar a becos sem saída, mas também é por isso que muitas vezes recebemos agradáveis surpresas.
 No meu ponto de vista, a vida é o espaço, o tempo e o caminho percorrido ao longo da viagem que cada um inicia assim que nasce. Mas é também as amizades, as aventuras e as dificuldades que vão surgindo ao longo do caminho. De facto na maior parte das vezes, é apenas isto que importa. É por isso que acho que não se devia dizer que a “vida é uma viagem”, mas sim “ a vida é uma odisseia”. Pois odisseia significa «viagem cheia de aventuras e dificuldades», e o que é isso senão a própria vida?


#Jr.

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